Sobre Mim

Trajetória Profissional
Nascido em Palmas/PR e criado em Curitiba, minha jornada na farmácia começou em um laboratório de análises clínicas. Foi uma experiência fundamental onde aprendi a executar o trabalho de ponta a ponta, desde a coleta dos materiais até a emissão do laudo, o que me deu uma base sólida de rigor técnico e responsabilidade.
Impulsionado pela pós-graduação, migrei para a farmácia comunitária, ingressando em uma grande rede. Encantei-me com as possibilidades da farmácia clínica, um movimento que, por volta de 2014, vislumbrava uma nova era de valorização para o nosso trabalho. Para aprimorar minhas habilidades, realizei trabalhos voluntários de acompanhamento farmacoterapêutico de pacientes polimedicados, buscando aplicar na prática o cuidado que eu acreditava ser o futuro da profissão.
Assim como muitos colegas, vivi os altos e baixos da realidade do varejo. A expectativa de atuar como um verdadeiro profissional de saúde sempre esbarrou nas pressões do dia a dia: o acúmulo de funções, a cobrança por metas de venda e ordens meramente mercadológicas, que em nada condizem com o ambiente de saúde que a Lei 13.021/14 estabeleceu. A frustração me levou a buscar outros caminhos por um tempo, mas meu lugar sempre foi na farmácia comunitária.
Voltei para o varejo, mudei de redes em busca de melhores condições, e mantenho intacta a convicção de que podemos e devemos construir carreiras pautadas no conhecimento, com escalas de trabalho dignas e a possibilidade de aperfeiçoamento contínuo. É por essa farmácia que eu luto.
Formação e Engajamento
Sou graduado pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), onde minha paixão pela defesa da nossa categoria começou. Participei ativamente do movimento estudantil, integrando o Centro Acadêmico de Farmácia e o Diretório Central dos Estudantes.
Com especialização em Farmácia Clínica e habilitação em vacinação, acredito que nossa profissão deve ser mais pragmática: precisamos ter as condições necessárias para colocar em prática a vasta teoria que estudamos, gerando impacto real na saúde da população.
Visão para o CRF-PR
O Conselho tem o dever de proteger a sociedade. E a melhor forma de fazer isso é protegê-la do profissional exausto e sobrecarregado pelo acúmulo de funções. Um farmacêutico pressionado é um risco para a saúde pública.
O CRF-PR precisa ser mais representativo e ouvir as demandas da maioria dos profissionais que compõem a categoria: os farmacêuticos que atuam no varejo, que são a linha de frente da saúde e merecem ser tratados com respeito, não com termos pejorativos como 'farmacêuticos de loja'.
Com a imensa quantidade de farmácias em nosso estado, o CRF-PR não é apenas uma autarquia; ele é a peça fundamental para a valorização de cada um de nós. E é para que ele cumpra esse papel que coloco meu nome à disposição.